Variedades

Cachaça: como encontrar a bebida do seu gosto

Cachaças: como escolher a que mais lhe agrada.
 

O especialista ainda indicou algumas de suas favoritas, dez delas listadas abaixo. Veja a seleção e entenda as dicas no final da reportagem.

Cachaça 51 Tradicional

Uma das marcas mais populares no Brasil, a 51 tradicional é uma cachaça branca produzida em Pirassununga. Graduação alcoólica de 39%.

A garrafa de 965ml custava R$ 20, em outubro, nas lojas on-line consultadas.

Cachaça Claudionor

A Claudionor é uma cachaça mineira, produzida no município interiorano de Januária.

É envelhecida por 1 ano em barris de amburana, com aroma de cana madura e sabor forte. É transparente e tem teor alcoólico de 48%.

Nas lojas consultadas, a garrafa de 670ml custava R$ 76, em outubro.

Cachaça Guaraciaba Prata

A Guaraciaba Prata é feita na cidade de Guaraciaba, no sul de Minas Gerais.

Ela possui graduação alcoólica de 40% e passa por armazenamento mínimo de 1 ano em barris de jequitibá. Tem aspecto transparente e sabor leve, bom para fazer drinques.

A garrafa de 970ml custava, em outubro, R$ 42, nas grandes lojas on-line.

Cachaça Matriarca Jaqueira

Produzida na cidade baiana de Caravelas, a cachaça Matriarca envelhecida em barris de jaqueira tem coloração amarela e opaca. A marca também usa madeira de amburana e bálsamo para armazenar outros tipos de cachaça.

A Matriarca Jaqueira é envelhecida por 2 anos e tem teor alcoólico de 42%. Ao paladar, é doce, aromática e robusta.

O preço da garrafa de 750 ml era de R$ 105, em outubro, nas lojas consultadas.

Cachaça Pitangui blend de bálsamo e carvalho francês

Da cidade mineira de Pitangui, esta cachaça tem coloração amarelo-translúcida devido a seu armazenamento em barris mistos de bálsamo e carvalho francês.

O processo de envelhecimento é de 3 anos, e a graduação alcoólica de 40%. Tem corpo médio e aroma amadeirado. A produtora Pitangui também utiliza madeira de amburana e bálsamo em outros produtos.

Em meados de outubro, a garrafa de 700 ml era encontrada por R$ 75, nas grandes lojas on-line.

Cachaça Rainha

A Rainha é uma cachaça branca feita na Paraíba, na cidade de Bananeiras.

Embora não seja envelhecida, é armazenada em barris de freijó por 6 meses antes de ser engarrafada. Tem teor alcoólico alto, de 50%, o que a classifica na nomenclatura oficial como aguardente de cana ao invés de cachaça. A garrafa de 600 ml custava, em outubro, R$ 58 nas lojas on-line consultadas.

Cachaça Soledade Ipê

Armazenada em tonéis de ipê, a Soledade é uma cachaça de cor amarelo claro e translúcido. Ela é produzida em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro.

Tem notas frutadas e adocicadas, mas é suave graças à madeira do ipê.

O tempo de envelhecimento não foi fornecido pela fabricante. A graduação alcoólica é de 40%.

Com 750 ml, a garrafa era encontrada por R$ 182, em outubro, nas grandes lojas on-line.

Cachaça Tiê Prata

Feita em Aiuruoca, em Minas Gerais, a Tiê Prata recebeu o prêmio de melhor cachaça branca armazenada em tonéis de inox pela Cúpula da Cachaça em 2020.

É adocicada com toques de picância e tem teor alcoólico de 42%.

O preço da garrafa de 700 ml era R$ 47, em outubro, nas lojas consultadas.

Cachaça Triunfo

É armazenada em tonéis de inox, onde descansa por 6 meses antes de ir para a garrafa. Sua graduação alcoólica é de 40%.

Com volume de 275 ml, a garrafa era encontrada por R$ 14, em outubro, nas lojas on-line consultadas.

Cachaça Ypióca Ouro com Palha

Essa versão premium da popular marca Ypióca é envelhecida por 2 anos em barris de carvalho. A cachaça é produzida em Fortaleza, no Ceará.

Tem teor alcoólico de 39%, com coloração amarela suave. Segundo o fabricante, predominam na bebida os sabores e aromas da cana-de-açúcar.

Nas grandes lojas on-line, a garrafa de 965 ml custava desde R$ 65, nas grandes lojas on-line.

No que prestar atenção na hora da compra

NO RÓTULO: “A primeira coisa que eu faço é procurar o registro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)“, diz Maurício Maia, sommelier de cachaça. O registro indica se o produto foi testado e obedece aos padrões de qualidade exigidos no Brasil. Uma cachaça fora dos padrões – ou cachaça “clandestina” – é tóxica.

Outras informações também são importantes para decidir qual produto comprar, tais como cidade de origem, tempo de envelhecimento e madeira de armazenamento. “Hoje temos muitas cachaças com premiações em concursos de destilados, e elas colocam as medalhas nos rótulos”, comenta o sommelier sobre as certificações e selos da embalagem.

APARÊNCIA: “A aparência varia muito pouco. Vai ser ou cristalina ou, se for envelhecida, amarela, desde o amarelo claro até o dourado”, explica Maia.

O especialista chama a atenção para a presença de resíduos no líquido. “É importante ver se tem algo boiando lá dentro, porque significa algum tipo contaminação.”

COMPRAS ON-LINE: É mais difícil escolher os produtos sem poder vê-los na própria mão. Maia dá a dica: “As lojas que anunciam as cachaças on-line passam o maior número de informações possíveis na descrição do produto, desde a cidade até o barril e tempo de envelhecimento.”

“Se não houver muita informação, se não houver foto de rótulo, por segurança é melhor escolher aquelas que têm.”

BRANCA OU ENVELHECIDA? As cachaças são classificadas de acordo com seu tempo de armazenamento antes de serem engarrafadas. Para serem consideradas envelhecidas, elas devem passar pelo menos um ano em barris ou tonéis, que apuram e agregam o sabor da madeira ao da bebida.

Uma cachaça chamada “branca” ou “prata” não passa pelo processo de envelhecimento, mas pode ser descansada em madeiras neutras, que não alteram a coloração. A chamada cachaça “ouro” é aquela que adquiriu coloração amarela.

Essas denominações não indicam a qualidade da bebida, apenas ajudam a identificar qual se adequa melhor ao paladar do consumidor. Também podem influenciar na escolha do melhor produto para tomar puro ou misturar em drinques.

Maurício Maia indica que as brancas, mais leves, são mais populares na mistura de coquetéis, como a caipirinha. “Mas nada impede que seja feita com a outra. Você só tem que considerar que há um sabor a mais, que é o da madeira”, completa.

g1

 

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