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Rondonópolis : seria alvo estratégico em caso de guerra, mas tem proteção.

 

A guerra entre Rússia e Ucrânia ocorre do outro lado do mundo, mas tem feito muita gente especular sobre como seria se algo semelhante acontecesse aqui na região de Rondonópolis. As maiores dúvidas envolvem a nossa capacidade de defesa e também de amparo à população civil em caso de um ataque. Conversamos com um especialista na área e também com o comandante regional do Corpo de Bombeiros e, segundo eles, não há motivo para maiores preocupações.

O comando do 18º GAC informou que esse tipo de questionamento só pode ser respondido pelo Centro de Comunicação Social do Exército (CComSEx), que até o fechamento desta edição não havia respondido nossos questionamentos. Mas um especialista na área, que pediu para não ser identificado, explicou que em uma guerra todas as cidades tornam-se alvo e pela sua posição geográfica Rondonópolis não estaria fora de risco.

“Aqui temos o entroncamento rodoviário das BRs 163 e 364, um ponto estratégico que poderia ser atacado pelos inimigos. Mas acredito que o Exército Brasileiro, através do 18º GAC, está muito bem e em condições de defender essa posição”, afirmou.

O especialista lembra que o 18º GAC integra a 13ª Brigada de Infantaria Motorizada, que reúne outros quartéis da região (entre eles Cáceres, Araguaia e Cuiabá) que poderiam reforçar a proteção ao município. “Em caso de necessidade a ação seria supervisionada pelo comando da Brigada e envolveria todos os quartéis, um ajudando o outro”.

Mesmo considerando natural a curiosidade despertada devido o conflito na Ucrânia, o especialista ressalta que o cenário descrito acima descreve um quadro hipotético. “Não há até o momento nenhum comunicado oficial sobre a possibilidade de envolvimento do Brasil em conflitos bélicos. O país prima pela paz e deve continuar assim”.

BOMBEIROS

O coronel Wanderlei Bonotto, comandante regional do Corpo de Bombeiros, disse que no Brasil a corporação e também a Polícia Militar são forças auxiliares do Exército Brasileiro e, em caso de guerra, exerceriam essa função de apoio.

“A nossa missão constitucional envolve a proteção à vida e ao patrimônio. Todas as ações de salvamento, resgate de pessoas e combate à incêndios cabem ao Corpo de Bombeiros. Quando tratamos de guerra estamos falando de uma catástrofes e, nesta situação, atuaríamos como um órgão operacional alinhados com as outras instituições – incluindo a Defesa Civil”, explicou.

Conforme Bonotto desde 2011 várias cidades do estado do Rio de Janeiro contam com sistemas de alertas sonoros, usados para reduzir ou minimizar a perda de vidas humanas decorrentes de deslizamentos de encostas causados pelas chuvas. Rondonópolis não tem algo parecido, mas poderia adequar outros sistemas para alertar a população em caso de ataques aéreos e agilizar as ações de socorro.

“Aqui não há registros de desastres na mesma magnitude daqueles ocorridos no Rio de Janeiro. Porém, a Defesa Civil realiza outras medidas de prevenção e se mantém em alerta para eventuais riscos, sempre monitorando comunidades próximas ao Rio Vermelho e regiões com histórico de alagamentos”.

Outro ponto destacado por ele é a Lei 10.402/2016, que fixa os critérios necessários à segurança contra incêndio e pânico nas edificações, instalações e locais de risco no âmbito do Estado de Mato Grosso. “Temos também a Norma Técnica do Corpo de Bombeiros nº 33, que obriga algumas empresas a elaborarem, como medida de segurança, um plano de intervenção de incêndio”.

“Este plano tem por objetivo estabelecer os requisitos mínimos para a elaboração, manutenção e revisão de um plano de emergência contra incêndio, além de fornecer informações operacionais das edificações e locais de risco visando otimizar o atendimento operacional prestado pelo Corpo de Bombeiros Militar.

RegionalMT

Da Redação/ Eduardo Ramos 

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