Polícia

Bandidos roubam fotos nas redes e usam para golpes por WhatsApp.

Ruy Guilherme, delegado titular da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), explicou ao RepórterMT como são realizadas as fraudes e como se proteger.

 

Delegado Ruy Guilherme

Bandidos têm roubado fotos de cidadãos nas redes sociais e se passando por amigos ou familiares deles, pedindo dinheiro pelo WhatsApp. Eles dizem que trocaram de número e pedem uma quantia. Antes, o valor era de R$ 100, R$ 200, mas agora a polícia tem relatos de pedirem até R$ 800 mil “emprestados”.

Diante do excesso desses golpes nos últimos meses, o delegado Ruy Guilherme, titular da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), explica como são realizadas as fraudes.

“O WhatsApp disponibiliza um sistema para quando o usuário trocar de celular, ele migre sua conta para o aparelho novo. Nisso, a empresa vai mandar o código para o número que está vinculado à conta para que a pessoa confirme que é ele que está pedindo”, explica.

Segundo o delegado, os golpistas se aproveitam desta fragilidade. “Os bandidos ligam para a pessoa, se passam por funcionários de bancos, restaurante, e dizem que estão oferecendo uma promoção e pedem para a pessoa informar o código enviado para o aparelho. Assim é feito o ‘sequestro’ do WhatsApp”, alerta.

Para se proteger deste tipo de fraude, Ruy Guilherme afirma para as pessoas habilitarem a verificação em duas etapas do aplicativo de mensagens.

“Isso é a criação de uma senha de seis dígitos que só a pessoa vai ter. Quando os golpistas tentaram vincular um celular novo no seu WhatsApp, vai pedir dois códigos, e só a pessoa vai ter. Mesmo que a vítima informe o código enviado por SMS, o criminoso não vai ter acesso à conta porque está ativada a verificação em duas etapas”, detalha.

O delegado ainda alerta para que uma vez ativada, a verificação não deve ser desativada pelo dono do aparelho, em nenhum momento, já que pode ser uma brecha para os bandidos.

No caso de imitarem o perfil de algum conhecido, o delegado afirma para não passarem dinheiro pelo WhatsApp sem antes confirmar que é realmente a pessoa que está pedindo.

Veja abaixo mais dicas:

1) Registrar o B.O. no site da Delegacia Virtual.

2) Enviar e-mail para: support@whatsapp.com sobre o perfil falso e solicitando o bloqueio. Enviar, em anexo ao e-mail, fotos das conversas nas quais foram solicitados valores. E, ainda, indicar no e-mail qual é o número verdadeiro da vítima no formato internacional e sem o nono dígito (ex: +55 65 9595-9595);

Denunciar também no aplicativo WhatsApp:

– Na conversa com o criminoso, clique sobre o número e depois sobre “denunciar contato”;

– Nas configurações/ajuda/fale conosco/ descrever resumidamente os fatos.

– Avisar os contatos nas redes sociais sobre o perfil falso para que as pessoas não caiam no golpe.

RepórterMT

Delegado Ruy Guilherme  titular da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI) ,dá dicas para não cair no golpe.

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