Do leitor

A Bruxa que morava na moita de Bambu

Ser criança é uma dadiva de Deus. Não tem preocupação com nada além de comer e brincar. Quando somos crianças logo queremos crescer e ficar adultos, as vezes para não ser mandado pelos pais a ajudar nos deveres de casa, pensamos, quero crescer logo, quero ver quem vai mandar em mim. Diante disso ficamos focado no amanhã e deixamos de viver a infância uma fase tão importante para o desenvolvimento da criança.

 Hoje já adulta e educadora da educação infantil estimulo minhas crianças (alunos) a usar a imaginação. Vou contar uma pequena história, que aconteceu na escola onde trabalhei a alguns anos atrás. Era uma escola na periferia da cidade e ocupava um enorme terreno, nele havia uma moita de bambu, muito grande por sinal, eu, particularmente achava ela linda, pois enfeitava a escola.

O prédio onde funcionava a escola era muito grande, minha sala ficava de frente para esse bambuzal, a janela enorme e envidraçada ocupava quase toda a parede, era fantástico olha para fora e ver a natureza se exibindo com o vento a tocas em suas folhas.

Como eu que gosto de criara estórias, colocava as crianças sentadas de frente para a janela e então começava a contar uma história, adorava contos de bruxas. Eu dizia que no meio daqueles bambus morava uma bruxa, ela tinha uma vassoura voadora e de vez em quando saia pela cidade para passear e visitar suas amigas. Quando a bruxa voltava da rua, ela abria a janela que ficava de frente para nossa sala, então começava a limpar a casa, e enquanto limpava cantarolava canções de bruxas, as crianças se olhavam admiradas umas para as outras e ao mesmo tempo para o bambuzal, as folhas balançavam de um lado para outro ao soprar do vento.

Como por encanto elas entravam na história e diziam estou vendo prof.!!! Ela abriu a janela!!!, vai começar a fazer a janta!!!, pegou o cadeirão magico!!!! Ela, está colocando Cebola! Batatas! Perna de barata! Grilo Cantante! Cabeça de sapo! Será que ela vai comer isso? Aí que nojo!! E assim, as crianças participavam da história e cada vez mais.

 Acrescentar algo novo na história era maravilhoso o tempo passava que nem víamos. Na hora do recreio elas saíam para brincar no pátio, chamavam as outras crianças, para juntas irem ver a casa da bruxa a imaginação fértil das crianças fazia com que as mesmas vissem a bruxa e corriam para chamar as professoras para verem também.

Era lindo ver as crianças interagindo e dialogando umas com as outras e participando da construção da história.

Mas a casa da bruxa, foi destruída pela maldade do ser humano, arrancaram os bambus que nasceram ali e estavam lá a muito tempo, deixando a Bruxa da imaginação das crianças desabrigada.

A imaginação pode e deve ser usada para criar, e contar histórias para que as crianças possam viajar na sua imaginação.

Aldeny Alves Oliveira é graduada em Ciências Biológicas pela UFMT, graduação em Pedagogia pela FAERP.(Faculdade entre Rios do Piauí), pós-graduação em Saneamento Ambiental, pela Faculdade Integrada da Grande Fortaleza, pós-graduação em Ludopedagogia pela Prominas, pós-graduação em Autismo pela Dom Alberto e contista em Rondonópolis.

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