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Médica intensivista alerta para lotação das vagas de UTI covid em Rondonópolis

O aumento de casos graves da covid-19 em Rondonópolis tem elevado também a procura por leitos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nos hospitais da cidade. O último boletim epidemiológico mostra que resta apenas uma vaga para atender pacientes de 19 municípios caso precise de atendimento mais avançado. A médica intensivista Daniele Araújo chama a atenção para um possível colapso na cidade.

Desde quinta-feira da semana passada, a profissional disse que vem notando um crescimento expressivo no número de internações, tanto em leitos de enfermaria quanto de UTI, em todos os hospitais da cidade, públicos e privados. Esse fato serve de alerta para toda a população sobre o risco que a exposição ao vírus pode trazer.

Outro ponto que a médica aponta é a dificuldade na compra de insumos e medicamentos para o tratamento dos pacientes com covid-19. Os chamados kit de intubação, por exemplo, não estão sendo encontrados para comprar, nem mesmo os sais utilizados na preparação de sedativos e antibióticos. “Estamos usando o que temos com a maior economia possível, para fazer durar o mais porque não estamos encontrando no mercado”, comenta a intensivista.

Esse aumento expressivo do número de pessoas contaminadas e ocupantes de leitos de UTI fez com que o Comitê de Gestão de Crise orientasse o prefeito a tomar medidas mais restritivas para conter o avanço de casos com urgência na cidade. “A situação está se agravando e estamos há dez dias sem receber nenhuma dose da vacina. Se continuar assim teremos que fazer um lockdown, será inevitável”, relata o prefeito de Rondonópolis José Carlos do Pátio. 

Um fator que chama a atenção é a faixa etária do público que precisa desses leitos, em sua maioria jovens, com uma média de idade inferior aos 50 anos. Para a médica isso se deve à exposição maior ao vírus e também por conta de aglomerações. “Hoje vemos que não é apenas o grupo de risco, mas pessoas de qualquer idade apresentam quadros graves da doença”, relata.

A vacinação ainda é a melhor forma de prevenção. Daniele Araújo conta que a imunização do público que já recebeu a vacina tem sido eficaz, por conta da redução significativa de internações de pessoas que já receberam as doses.

Fonte: Rafael Vicentini – Gabinete de Comunicação

Foto: Wheverton Barros

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