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Caso Henry: ele reclamava dos abraços “fortes demais” de Jairinho, revela pai


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Reclamação aconteceu cerca de um mês antes da morte do menino
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Reclamação aconteceu cerca de um mês antes da morte do menino

O que poderia ser uma gesto de carinho, era uma ação que lhe provocava dor, e isso levou Henry Borel Medeiros , de 4 anos, a se queixar do padrasto, o médico e vereador Dr. Jairinho (Solidariedade), um mês antes de morrer. Segundo o pai do menino, o engenheiro Leniel Borel de Almeida, a criança reclamou que era abraçada de forma apertada demais pelo parlamentar.

Leniel disse, em depoimento na 16ª DP (Barra da Tijuca), que, diante da queixa do menino, procurou o vereador para lhe pedir, de “forma amistosa”, que parasse de abraçar Henry daquela forma. O engenheiro afirmou que foi atendido. Em entrevista ao “RJ TV”, da Rede Globo”, ele revelou que, na ocasião, ficou intrigado com a queixa do filho.

Também na delegacia,  Jairinho afirmou que, embora tenha achado “curioso” o pedido de Leniel , não o interpretou como ofensa, e frisou que a conversa se deu sem qualquer animosidade.

Henry morava com Jairinho e a mãe, a professora Monique Medeiros da Costa e Silva, em um condomínio da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O menino morreu no último dia 8, e o laudo de exame de necropsia aponta que sofreu uma ação contundente , que lhe causou hemorragias internas e uma laceração hepática.

A mãe disse à polícia acreditar que Henry ficou em pé na cama em que dormia e que morreu ao cair. Peritos ouvidos na semana passada pelo EXTRA afirmaram que a suposta queda não provocaria as lesões citadas no laudo, que, segundo eles, indicam a ocorrência de um ato violento.

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Avó presta depoimento

Ontem, o delegado Henrique Damasceno, que investiga o caso, ouviu mais testemunhas do inquérito. Uma delas é a avó materna da criança, a professora Rosângela Medeiros da Costa e Silva. Ela afirmou que, depois que Monique e Jairinho decidiram morar juntos, em novembro do ano passado, o neto passou a dormir em sua casa, em Bangu, três a quatro vezes por semana.

Rosângela alegou que, embora o menino estivesse feliz com o novo lar, na Barra, tinha “predileção” por dormir em Bangu. A avó disse que encontrou o neto pela última vez na véspera de sua morte, quando estava “ótimo” e sem qualquer problema de saúde ou machucado.

Já uma ex-namorada de Jairinho contou à polícia que sua mãe recebeu uma ligação dele na última sexta-feira, oito anos após o término do relacionamento. Ela disse que se sentiu ameaçada com o telefonema após muito tempo sem qualquer contato e acusou o vereador de ter agredido sua filha, hoje adolescente, na época em que ela estava com 4 anos de idade.

No entanto, a mãe da ex-namorada de Jairinho teria relatado que ele se limitou a perguntar se filha e neta estavam bem. Um registro do telefonema foi apresentado à 16ª DP.

Na terça-feira, ao tomar conhecimento do depoimento da ex-namorada de Jairinho , o advogado André França Barreto, que representa o vereador, alegou que ela havia sido levada à polícia por Leniel. E completou: “há indicativos (na investigação) direcionados ao pai que causam uma zona cinzenta, embora não estejamos acusando ninguém”.

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