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Derrota no STF muda estratégia e Silveira deve passar final de semana na prisão


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Deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ)
Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados

Deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ)

As derrotas no STF, que votou de forma unânime pela manutenção da prisão , e na PGR, que apresentou denúncia, deputados aliados ao bolsonarista Daniel Silveira, preso na última terça-feira (16) após mandado expedido pelo ministro Alexandre de Moraes , tiveram que mudar de estratégia e já cogitam a possibilidade de mantê-lo na cadeia até a próxima semana.

Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, a avaliação entre líderes partidários é de que a Câmara dos Deputados já não tem mais como votar uma possível absolvição e soltura de Daniel Silveira sem contrariar o Supremo. Com isso, a expectativa agora é de que a votação no plenário seja adiada “ao máximo” e já há a possibilidade de acatar o mandado de prisão.

Tal postura foi fortalecida nesta quarta-feira (17) após a  Mesa Diretora da Câmara protocolar representação contra o deputado bolsonarista junto ao Conselho de Ética da casa, o que facililtaria um processo de cassação, algo que vinha sendo evitado, em especial pelos apoiadores de Silveira , e que também pode fortalecer a ideia de  expulsão do PSL cogitada pelo presidente da sigla, Luciano Bivar.

Ainda de acordo com a publicação, integrantes da equipe econômica teriam entrado em contato com Arthur Lira para demonstrar preocupação que a discussão do tema pudesse atrapalhar o andamento de pautas mais relevantes. O argumento usado na conversa com presidente da Câmara é de que a casa não pode “perder tempo” com um deputado extremista, o que teria fortalecido internamente a ideia de votar pela prisão e “encerrar o assunto”.

Logo que a notícia sobre a prisão de Silveira foi divulgara, Lira utilizou as redes sociais para garantir que  analisaria o caso com “serenidade” e que a Câmara não refletiria “a vontade ou a posição de um indivíduo, mas do coletivo de seus colegiados, de suas instâncias e de sua vontade soberana, o Plenário”. Entre seus apoiadores, tal postura é vista como importante para evitar atrair para si as posturas radicais das alas ideológicas do governo.

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