Do leitor

O RETORNO ÀS AULAS PRESENCIAIS, VOLTAR OU CONTINUAR COM O ENSINO REMOTO?

A data para a reabertura das escolas que voltam às aulas presencial permanece incerta. A decisão será dos estados, medidas de segurança devem ser seguidas, mas o que é certo é que o retorno às aulas presenciais em circunstâncias atípicas exigirá ajustes escolares. Essas mudanças não estão apenas relacionadas ao controle da pandemia e proteção à saúde, distanciamento social, mas também a diminuição de alunos dentro da sala de aula dividindo a turma em até 3 turma de 15 alunos, revezamento semanal.

A pandemia inquietou adultos, jovens e crianças psicologicamente, além do isolamento social tivemos que mudar nossa rotina e hábitos de vida, costumar a ficar isolados e com medo de sair à rua se contaminar e disseminar aos nossos familiares, isso gerou um impacto expressivo na sociedade em geral. Muitos educandos podem ter perdidos entes queridos ou alguns conhecidos. Esse problema exige muita atenção, pois o tratamento e as consequências que o vírus traz ao corpo humano ainda é desconhecido, levando as vezes à morte ou deixando com sequelas para toda uma vida.

Durante este momento de pandemia, vi nossos governantes chamarem os profissionais de educação em vagabundos que não queriam trabalhar. Mesmo sabendo da importância de seu trabalho o professor antes de tudo tem zelar pela sua vida e de seus familiares. A comunidade percebeu a importância que o professor tem no contexto escolar de seus filhos, vemos nas redes sociais e WhatsApp muitos pais, reclamarem sem saber como auxiliar seus filhos com as atividades remotas. Percebe-se que muitas crianças não tem auxílio dos pais para a realização das suas tarefas, somente com o conteúdo explicado em sala de aula conseguem resolvê-los, este momento foi difícil para as crianças e os pais, que muitas vezes tem pouca instrução escolar.

Em relação ao conteúdo de ensino, é necessária tolerância. De volta à sala de aula presencial, os educadores precisarão revisar suas expectativas em relação ao conteúdo do plano e às metas desejadas. A performance dos educandos além disso pode diminuir devido ao medo e insegurança que esse período ainda traz para a sociedade. Durante o ensino remoto, o aprendizado pode ser prejudicado, mas, antes de dar continuidade ao conteúdo, o ideal é realizar uma avaliação diagnóstica para comprovar o estágio da aprendizagem

e abordar determinados tópicos novamente, se necessário. Ao encontrar com outras pessoas novamente, terá uma chance maior de contágio, esse é mais um problema que escolas e educadores enfrentam no ensino presencial, portanto, é necessário ajustar a realidade por meio do distanciamento social e outras orientações de saúde.

Apenas seguir os protocolos de segurança, garante 100% de eficácia? Mesmo os professores sendo dedicados, criando estratégias mais criativas para colocar o protocolo em práticas, conseguiria garantir total segurança a seus alunos? É importante evitar sobrecarregar profissionais. Colocar toda a responsabilidade no professor é extremamente desumano, pois já possuem muitas outras responsabilidades e funções a exercer.

É de uma importância criar um espaço de diálogo entre escola e comunidade para juntos pensar, discutir, ponderar soluções possíveis. A realidade que estamos vivendo é necessária, mais do que nunca, pensar coletivamente e compartilhar responsabilidade com todos os envolvidos.

A escola estadual do estado de Mato Grosso voltou atrás na decisão de aulas presenciais devido ao grande índice de contágio, aderiu novamente às aulas remotas preservando seus funcionários e alunos. Diferentes das escolas particulares que visam o capitalismo muitas continuaram funcionando de forma semipresencial, expondo seus alunos e funcionários. O município de Rondonópolis aderiu as aulas remota, o ensino fundamental, disponibilizou apostila para as crianças sem acesso à internet.

A educação infantil que é uma educação diferenciada que atende crianças de 0 a 5 anos de idade é impossível o atendimento, pois os mesmos não consegue entender sobre o distanciamento, eles precisam do contato na interação durante as brincadeiras. Muitos pais ainda ver a escola modalidade creche, ainda como assistencialista, não como educação onde seu filho irá aprender sobre como respeitar seus colegas e professores, á ter limites, obedecer regras, nessa modalidade é a principal na vida de toda criança é nesse fase de 0 a 7 anos que a criança adquiri seus conceitos para a vida, e que muitas vezes é a fase que é ignorada pelo família, transformando em uma jovem e posteriormente um adulto problemático.

Dada essa importância não acho que a escola educação infantil esteja preparada para voltar às aulas presenciais, mesmo que algumas crianças sejam somente transmissoras da doença e não desenvolvem os sintomas uma criança em uma sala, na escola pode contaminar milhares de outras pessoas, podendo levar ao caos a saúde pública, sem leitos suficientes para atender a população. Acho importante à volta as aulas, desde que os profissionais sejam imunizados preservando a vida, que é mais importante neste momento incerto.

Escolas fechadas neste período de pandemia não significa negar o direito à educação e sim defender a vida, pois todas as vidas importam.

 

Aldeny Alves Oliveira é graduada em Ciências Biológicas pela UFMT, graduação em Pedagogia pela FAERP.(Faculdade entre Rios do Piauí), pós-graduação em Saneamento Ambiental, pela Faculdade Integrada da Grande Fortaleza, pós-graduação em Ludopedagogia pela Prominas, pós-graduação em Autismo pela Dom Alberto. Docente da rede municipal de Rondonópolis.

 

Suellen Dayane RibeiroÉ graduada em Pedagogia pela UFMT, Pós-graduação em Sociedade, Política e Cidadania: olhares transdisciplinares, docente da rede municipal de Rondonópolis.

 

Rosilene Alves Lima, É graduada em Pedagogia pelo Instituto Superior Albert Einstein. Pós-graduação em psicopedagogia e educação infantil pelo instituto Superior de Educação de Ibituruna ISEIB. Docente da rede municipal de Rondonópolis.

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