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“Desaparecimento” de delação pode suspender processo contra Witzel; entenda


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Wilson Witzel (PSC), governador afastado do Rio de Janeiro
Governo do estado do Rio de Janeiro/Divulgação

Wilson Witzel (PSC), governador afastado do Rio de Janeiro

Por alegar que trecho de 24 minutos da delação premiada do ex-secretário de saúde Edmar Santos tenha desaparecido, a defesa do governador afastado do Rio, Wilson Witzel (PSC) , pede que seja suspenso o processo no Superior Tribunal de Justiça (STJ) que o acusa de corrupção. De acordo com os advogados de Witzel, a declaração de Edmar Santos seria a principal prova contra ele. Por isso, tentam anular a acusação do suposto caixa único da propina, frisando não haver outras evidências.

Segundo o portal G1, o vídeo da  delação narra o esquema “capitaneado pelo grupo do Pastor Everaldo “, presidente do PSC, que também foi preso na operação. Witzel teria recebido, por meio do escritório de advocacia da esposa Helena Witzel, R$ 554,2 mil em propina.

Diante da demanda feita pela defesa de Witzel , o STJ solicitou que o Ministério Público Federal, autor da ação, se manifeste.

O afastamento do governador por 180 dias ocorreu em 28 de agosto de 2020 por determinação do ministro Benedito Gonçalves, do STJ. A investigação contra ele foi aberta com base nas informações passadas por Edmar Santos no acordo de delação com a Procuradoria-Geral da República (PGR).

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A medida ocorreu ao mesmo tempo em que a PGR , em parceria com a Polícia Federal (PF), cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão contra agentes públicos, políticos e empresários envolvidos, segundo a acusação, em crimes de corrupção e lavagem de dinheiro do grupo supostamente liderado por Witzel .

A delação corroborou provas obtidas nas operações Placebo e Favorito, realizadas em maio e junho do ano passado, que revelaram esquemas de corrupção envolvendo pagamento às Organizações Sociais na área da Saúde em meio à pandemia do coronavírus. As fraudes incluem desde compras de respiradores com sobrepreço ou inadequados para o tratamento da Covid-19, superfaturamento em contratos de oito hospitais de campanha e indícios de direcionamento de contratos.

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