Do leitor

  Do leitor – MEMÓRIAS

Por: Wilse Arena

É sempre regozijante voltar no tempo e lançar um olhar menos apaixonado, mais realista e crítico sobre experiências que vivemos em algum momento de nosso passado.
Quando nos lembramos de experiências negativas temos a tendência de ser bastante benevolentes, desculpando-nos de nossos erros e/ou falhas e, na maioria das vezes, culpando terceiros por eles.
Por outro lado, quando nos lembramos de experiências positivas a tendência é supervalorizar nossas habilidades e competências de lidar com situações limites e de superar desafios.
Em outras palavras, seja no presente ou se referindo a algo que aconteceu no passado, o ser humano sempre invoca um princípio que está consagrado pela Constituição, assim como pela legislação internacional: o princípio nemo tenetur se detegere (o direito de não produzir prova contra si mesmo). E isso não é algo negativo, desde que não impeça gestos de carinho e sentimentos de amor e de amizade ao próximo e uma convivência harmoniosa com os outros a partir de atitudes de respeito às diferenças e aceitação do outro. Ao menos é isso que se espera de um ser “bio-fisico-eco-psico-histórico e cultural”, nas palavras de Edgar Morin (1996), autor contemporâneo, judeu de origem sefardita, nascido em Paris/França, em 1921, antropólogo, sociólogo e filósofo. Pesquisador emérito do CNRS, Formado em Direito, História e Geografia, com quem eu concordo “em gênero, número e grau” como se costuma dizer por aí!

(*) Wilse Arena da Costa, Profa. Doutora em Educação. Palestrante, Escritora e Membro Fundadora da Academia Rondonopolitana de Letras/MT, Cadeira n° 10.
 

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