Do leitor

DO LEITOR: PROCURAR REFERÊNCIAS

Por: Wilse Arena da Costa

PROCURAR REFERÊNCIAS

“um preconceito, expresso por opiniões e atitudes, que se opõe à igualdade de direitos entre os gêneros, favorecendo o gênero masculino em detrimento ao feminino”.

“um ódio inconsciente que alguns homens sentem por mulheres que não se comportam ou pensam da maneira esperada por eles. Um sentimento que se forma desde o início da vida, muitas vezes como resultado de um trauma envolvendo uma figura feminina que confiavam”.

identificada “até nos discursos das atrizes de Hollywood, diretoras de cinema, cantoras (…) em uma proliferação de coletivos feministas nas redes sociais, nas periferias, nas universidades e nas escolas de ensino Médio e Fundamental”.

DE PESSOAS “DE BEM” A MARGINAIS?

O que somos capazes de fazer para garantir nossa sobrevivência diante de uma situação limite?

Primeiro, vamos definir a que situação limite estamos nos referindo. Aquela em que uma pessoa se vê cheia de dívidas, desempregada há meses, em crise no casamento, enfrentando problemas com filhos adolescentes e sem esperança.

De repente, essa pessoa que, até então, sempre foi “centrada”, honesta, que agia conforme os preceitos jurídicos, éticos e morais da sociedade, deixa de pensar racionalmente e passa a agir de acordo com seus instintos e suas emoções. E instintos e emoções não contam com os “filtros” mínimos necessários para o convívio coletivo.

Nessa perspectiva, seria possível afirmar que certas condições sociais, econômicas, culturais e sociais podem levar pessoas “de bem” a agirem como “foras da lei” e/ou até se suicidarem?

Não necessariamente. Mas os noticiários parecem indicar que comportamentos dessa natureza têm aumentado nos últimos anos, desde que o número de desempregados no Brasil ultrapassou os dez milhões!

Por isso, não canso de bater na mesma tecla: caros governantes, investir em projetos sociais que melhorem a qualidade de vida da maioria da população não é gasto, é investimento. Afinal, é sempre mais vantajoso deixar as pessoas saudáveis e felizes, investindo em postos de trabalho, educação, saúde, transporte e alimentação, do que em tribunais e presídio

RECORDAR É (RE)VIVER PARA CRESCER

Por mais que tentemos negar um problema que tenha nos incomodado na infância um dia chega a necessidade de enfrentá-lo. Isso porque, certos problemas, quando mal resolvidos na infância, marca tanto a vida de uma pessoa que podem provocar reações (a)diversas e paradoxais e determinar no que a pessoa vai se tornar ou se tornou: uma pessoa tímida, assustada, desconfiada, amargurada ou corajosa, destemida, guerreira.

Ou seja, de uma forma ou de outra, traumas na infância tornam-se alavanca para o modo de ser/fazer das vítimas. Por isso é importante que quem tem alguma passagem não muito agradável nessa etapa de sua vida, não se negue a revelá-las, de preferência em sessões de terapia.

É importante recordar, pois recordar é reviver e aí está a oportunidade de revelar detalhes e segredos que, na época, não foram devidamente considerados e equacionados, por isso, acabaram se tornando uma espécie de tabu e, ao mesmo tempo, a causa de um trauma que marcou e marcará toda a vida da pessoa.

 

(*) Wilse Arena da Costa, Profa. Doutora em Educação. Palestrante, Escritora e Membro Fundadora da Academia Rondonopolitana de Letras/MT, Cadeira n° 10.

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