Polícia

Operação Desbloqueio: três são levados pela PF para depor

Para Adavilso Azevedo a utilização da força policial foi uma ação desnecessária.

Adavilso criticou a falta de informação e o gasto de dinheiro público com operação. 

Adavilso Azevedo, militar da reserva do Exército e ex-candidato a deputado estadual, um dos alvos da Operação Desbloqueio, deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (15), criticou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que expediu os mandados de busca e apreensão contra ele e outros 80 alvos apontados como envolvidos nos atos de bloqueios das rorovias.

“Se eles tivessem mandado um e-mail, tivessem ligado, eu tinha vindo aqui sem problema nenhum. Não precisava deslocar. Gente, vocês têm noção do que é deslocar uma equipe da PF para ir na residência de qualquer cidadão de bem, fazer o amparo? Foi um departamento de polícia especializada lá, isso tem custo. Era só ligar que a gente vinha aqui, não devo nada”, disse no sguão da PF, em Cuiabá, após prestar depoimento. Ele também criticou o fato de os três alvos ouvidos, na manhã desta quinta-feira, pela PF, serem ex-candidatos a cargos políticos, dando a entender que a operação seria algum tipo de retaliação. Além de Adavilso foram ouvidos pela manhã o comerciante Rafael Yonekubo e a advogada Analady Carneiro. “Não (defendi intervenção militar e fechamento do STF) em nenhum momento. Como eu disse para vocês, eu e os outros companheiros que estão aqui, que eu pude ver aqui no saguão da Polícia Federal, foram candidatos a deputados estaduais e federais. Eu sou da chapa do PL, fui candidato pelo PL. A candidato estadual por Mato Grosso. Meu companheiro aqui foi candidato a deputado estadual pelo PTB. Isso que a gente acha estranheza”, disse.

Ele conta que quando abriu a porta de casa para os policiais foi surpreendido por seis homens armados com fuzis. “No início você fica assustado, você vê seis homens com fuzil na sua cara, você fica assustado. Mas depois que ele se identificou que era policial federal eu fiquei tranquilo porque não devo nada também. Eu também sou militar aposentado, cumpri ordem a minha vida inteira. A PF comigo foi muito tranquila, não me desrespeitou em nenhum momento, só estão cumprindo ordem. Só que a gente fica querendo saber, se a gente cometeu algum crime porque não vem aqui no mandado de busca e apreensão? Eu estou sendo acusado de uma coisa que eu nem sei. E para ter acesso eu tenho que acionar o gabinete do ministro Alexandre de Moraes”, disse.

RepórterMT

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