Opinião

Venda de osso é desumano e mostra a falência da macroeconomia

A que ponto a população brasileira menos favorecida chegou. É vergonhoso que um pai de família tenha que procurar alimento nas lixeiras de supermercado e açougues, para nós cidadão comuns é, mas para o Ministro Paulo Guedes, que tem nas mãos as rédeas da economia, não é! Há de observar que até o momento nem ele nem o presidente Jair Bolsonaro tomaram qualquer medida para frear a escalada da inflação e da fome que vem assolando o país.

Desde a criação do Real em 27 de fevereiro de 1994, nunca tivemos uma inflação de dois dígitos, mas agora temos!

Algumas agências do PROCON em diversos estados emitiram recomendação para que estabelecimentos não vendam ossos bovinos, mesmo não sendo atribuição dessas agências, a elas cabe fiscalizar o abuso nos preços e aplicar as multas cabíveis.

Depois que foi amplamente divulgado pelos veículos de comunicação e em vídeos nas redes sociais de pessoa se amontoando em container em busca desses ossos, algumas lojas em diversos estados brasileiros que trabalham com venda e distribuição de carnes passaram e vender o que antes ia para o lixo.

Alguns empresários do setor passaram anunciar nas redes sociais, fotos de bandeja de ossos por até R$ 4.o que demonstra a falta de empatia desses empresários pelas pessoas menos favorecidas.

Diante da crise estabelecida pela falta de políticas econômicas do governo, que não tem um projeto a curto e a médio prazo, para resolver a questão, é preciso que ao menos as pessoas deixem a usura de lado e deixe de jogar no lixo, como sempre fizeram os restos (ossos) e passe a distribuir dignamente para quem passa fome.

Nosso estado é um dos maiores exportadores de carne bovina do país, mas isso não muda nada em relação ao preço interno e a população (que pode) continua pagando preços jamais imaginados pelo quilo de carne de primeira, e de segunda.

Segundo um levantamento recente da Rede Brasileira de Pesquisas em Segurança Alimentar e Nutricional mostrou que mais de 116,8 milhões de pessoas vivem, hoje, sem acesso pleno e permanente a alimentação. Dessas, 19,1 milhões (9% da população) passam fome, vivendo um “quadro de insegurança alimentar grave”. Os números revelam um aumento de 54% no total de pessoas que sofrem com a escassez de alimentos, se comparado com 2018.  Viva o Brasil do macro negócio.

Da editoria

José Carlos Garcia é jornalista em Mato Grosso,

desde 1976. Formado na universidade da vida.

Forjado na lida.

 

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